28 de ago. de 2013

Mais uma banda lança cd em Santarém



O Movimento Rock Santareno vem difundindo cada vez mais a música autoral através de bandas locais ao lançarem seus cds.

Bandas como SNUFF, FATAL KILLER e DECAPTOR se destacam nesse quesito e para completar a lista a IRON JARAKI caminha nesse mesmo processo ao lançar recentemente o trabalho intitulado Pitiú Thrash Atack, na qual inclui oito faixas:

1-    INTRO
2-   Sindicato Clandestino
3-   Palestina Livre
4-   Igarathrash
5-   Macumba de Arruda
6-   Reféns da Imposição
7-   Sistema Carcerário
8-   A Dança do Carimbó (Pinduca)

Com o objetivo de transmitir mensagens abordando temas sociais e politizados você pode conferir abaixo as letras das músicas:

INTRO

Sindicato Clandestino

Engraxate lustrando o sapato do burguês/Clandestinos na esquina esperando a sua vez/Estivador da Tiradentes que faz força o dia inteiro/O sonho desse povo é a diária de um pedreiro/Malabarista nos sinais com seu trabalho e sua arte/Migrantes nordestinos espalhado em toda parte/ Churrasquinho da esquina mata a fome do povão/ Até do catador que junta latas pelo chão.

Sindicato clandestino!
 
Não tem salário fixo nem estabilidade/Trabalhador fica doente com o avanço da idade.Fica abandonado e largado à própria sorte/Quem é que vai chorar no seu leito de morte/Mostre a sua cara e ocupe nossas ruas/Qual a sua praça, qual sua conduta/Sindicato Clandestino valoriza a labuta/O dia amanhece e o povo vai a luta.

Palestina Livre

Guerras sempre políticas/Motivos irracionais/A fé em que o povo acredita/Montanhas não movem mais/Isolados na faixa restrita/Cadê os direitos iguais/O povo da palestina/Sonha com a vida em paz/ Território foi roubado/Pela ONU e companhia/Evento camuflado / Em razão da tirania/O povo destruído/Perdeu casa e família/Sangue derramado/Sem soberania/Horizontes devastados/Casas em ruínas/Um passado desarmado/ Um futuro que anuncia.

Palestina Livre!


Igarathrash

Pesquei uma cambada de acari/Pra comer com farinha e tucupi/ Chapando de cachaça e conhaque/No igarapé do Mapirí/Na selva quando tem dia assim/Descrimina até o uso do açaí/ A galera que anda por aqui/São pés rachado que andam por ai/Fazendo, porra,/Nenhuma, foda-se/ Se você quiser, pode aparecer/Se você vier, trás um litro com você/Quer ser igual bicho do mato/Sereno é preto velho não engraxa o sapato/Banhar no igarapé te deixa ligado/Essa conversa velha não é de bebum safado/Filho da terra vem de índio ao escravo/Filho da puta veio de outro estado/Da imoralidade, sem pena nem pudor/Todo político corrupto é Podre, imundo,/Covarde, corrupto/Se você quiser, pode aparecerSe você vier, trás um litro com você.

Macumba de Arruda 

Dinheiro na cueca, dinheiro na bermuda,/dinheiro vai na bolsa daquela velha puta/Dinheiro vai na meia, sobe pra cabeça,/queria ter é muito pra enfiar na sua bunda/Político flagrado recebendo uma propina/diz pra todo mundo que não passa de calúnia/A imagem é verdadeira mas insiste que é mentira/Se esconde atrás das leis que protegem a burguesia/Se um dia encontro um desses pela frente cuspo em sua cara e afogo nas enchentes.Qual a mãe de santo que ele foi pra se benzer/vergonha na cara ela fez ele perder/Não recebe julgamento e não carrega a culpa/essa macumba deve ter umas folhas de arruda.

Reféns da Imposição

Dominados sepultados, velados em um caixão lacrado/O povo sempre marcha rumo ao caos ilimitado/Cegados pela mídia, estuprados pelo estado,/Entregues ao subversivo mundo “mínimo salário”/Agressivos e nocivos, seguimos um itinerário /Repressivo e desprezível, como o sangue do pós parto/Elementos corrosivos, impõe a ordem aos empregados,/Reféns do consumismo, nossa pena é cumprir horário/Nosso suor, é derramado, para o futuro da nação/Nosso solo, é marcado, pelos reféns da imposição/Todos caminham sempre juntos rumo à libertação/Entopem os esgotos com muito saco e papelão/Abdicam de um insulto e enfrentam a inundação/Estão calados todos mudos,/Obediência de um cristão/Entrego minha vida, por um prato de comida,/ Libero a adrenalina, camuflada na retina/Exponho meus sentidos como um cão caçando um osso/É o vício da rotina de pirar ficando doido.

Sistema Carcerário

Sistema carcerário do Brasil não presta/As celas estão cheias e o prédio fede a merda/Formar um criminoso deve ser a sua meta/Com tanto descaso cresce raiva e não dispersa/Se você tem algo a dizer o carcereiro passa o tempo espancando você/Para ir em cana são vários os motivos,/depende se a justiça é para o pobre ou para o rico,/motivos banais, crimes sinistros,/situações reais, sobrevivência extintocomida temperada com uns ratos na panela incentivo pros fudido o governo não libera rebelião, o motim que promovemos pra melhorar a condição revolução, o motim que promovemos pra melhorar a condição.

A dança do carimbo (Pinduca cover)

Os 30 primeiros a entrar no show denominado TOTAL THRASH em que estará se apresentando mais 4 bandas, irá ganhar o CD.

Contato: cangaceirodoinferno@gmail.com ou pelos telefones 92016204 ou 91413396.


Texto e Edição: Andriene Moura

Foto: Iron Jaraki

0 comentários:

Postar um comentário