4 de jan. de 2013

Artigo Underground: O Punk em Santarém, por uma perspectiva além das mesas do qualhada

O movimento punk tem meu total apoio e admiração, ideologicamente, sou anarquista, mas engana-se quem pensa que todo anarquista é punk e todo punk é anarquista, o movimento punk se assimila muito ao anarquismo, passaram a existir muitos punks anarquistas, anarcopunk, acho necessário falar isso, pois muitos "punks" pensam que anarcopunk e punk são a mesma coisa rs’ . 

E essa tribo urbana tem seus representantes em Santarém, e torço pra que melhore, pois no que se transformou o movimento aqui? Conheço alguns punks na cidade que sei que não estão dentro por modismo ou pra chamar atenção, mas porque acreditam/conhecem a ideologia e ao menos tentam coloca-la em prática. No entanto, na mesma proporção, aliás, em proporção maior, vejo muitos "punks" que me fazem pensar "o que aconteceu?". 

Punk é conhecimento, leitura, base teórica a ser colocada em prática, vai muito além da superficialidade de roupas características com o famoso "A" de anarquia, pintado, e na hora de trocar ideia com alguns "anarcopunks", muitos nem sequer conseguem citar o nome de um teórico anarquista, muitos "punks" parecem não saber acerca das ideias apartidárias (ja vi casos) e de liberdade (não só a sua, mas a de todos os indivíduos, e mais, cadê o anarquismo na rua? Não digo "na rua" no sentido de apenas bebendo fumando e etc, não critico quem faz isso (claro, eu mesma faço), mas ser punk vai muito além, se você acha que é punk porque bebe todos os dias e tem uma camiseta com o "A" ja citado, pintado a mão, você está enganado, deveria rever seu conceito. 

Porque o que vejo é muito empolgado por aí, rebeldia é algo lindo, todo mundo deveria ser rebelde, mas não ser rebelde com os pais e com aquele seu vizinho que escuta músicas que você não gosta ou aquele cara que tem um estilo diferente, ser rebelde contra o sistema, acredito no movimento punk diretamente ligado a luta pela revolução, contra qualquer tipo de opressão, e já tive a infelicidade de ver um "punk" oprimindo... meu amigo é punk, e está com uma bala na cabeça, ainda não fez a cirurgia que precisa fazer, ou seja, ainda corre risco, mas a saúde pública, bem, é pública, logo, precária, e isso implica que se a vida dele dependesse disso, ele poderia estar numa pior, algo tão básico quanto a saúde, porque não organizar uma manifestação em prol da saúde pública, da educação e etc ao invés de brigar?

 E o que estamos fazendo (todos nós, não só o movimento punk)? eu ja dei a ideia de organizar algo, mas parece que ninguém se interessa muito... e você ai, que bate no peito pra dizer que é "das antigas" que exemplo você está dando para quem é novo na cena? tenho certeza que parado aí, não é um exemplo muito bom, o importante é ter sempre o espírito voraz, jovem e ativo, indignado (nunca acomodado com os problemas sociais)! 

Essa é a minha crítica (construtiva, que fique claro) ao movimento punk em Santarém, espero não ofender ninguém, só acho que precisam de um "sacudida", uma crítica que valhe para todos (inclusive para mim), ta na hora de levantar a bunda da cadeira e colocar o que aprendemos, no movimento em prática.

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*Jana Azevedo, Estudante, Feminista, Desobediente Civil, Subversiva e da Cena Rock em Santarém.

1 comentários:

Unknown disse...

"Me fizeram ler, bem a contragosto, um texto de Carlos Alberto Sardenberg, notório lambe-botas da família Marinho, publicado no imparcial diário O GLOBO, supostamente um balanço da economia mundial em 2012. Eu li. E me diverti muito. Gargalhei, para dizer a verdade. Como hoje em dia eu só leio jornais estrangeiros e só vejo televisões estrangeiras, sei que absolutamente tudo o que o lambe-botas escreveu é o exato contrário do que dizem todos os veículos de comunicação estrangeiros. Por uma bizarra coincidência, ele só elogiou os governos conservadores (como o neonazista Rajoy, da Espanha) e só criticou os de esquerda, como o da França e, pasmem, o do Brasil, chefiado por Dilma. Quando os noticiários europeus dizem que 25% da população espanhola está no limite da pobreza ou que muitos pequenos empresários italianos estão cometendo suicídio pela impossibilidade de sobreviver à crise, quando eu vi uma reportagem em que um casal jovem português de classe média desempregado catava mariscos na lama do Tejo para ter o que comer... deve ser tudo imaginação coletiva. Os ecoconomistas marinhófilos é que devem estar certos! Vade retro!"
Professor Marcos Bagno!

A mídia conservadora, representadas vilmente pelas organizações Globo e Abril, distorcem, mentem, enganam...
Atacam os Movimentos sociais, atacam os governos progressistas...
Defendem governos que exploram o povo, minimizam os horrores da crise econômica...

MÍDIA DESPREZÍVEL!

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